Por: Renara Bellíni | em: 2 de fevereiro de 2025 às: 14:38

Os conflitos entre facções criminosas em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, geraram um cenário de violência extrema, com pelo menos 16 homicídios registrados em dezembro de 2024, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). O aumento das tensões foi desencadeado pela execução de Paulo Roberto Ferreira Portela, conhecido como Paulim, um chefe do tráfico morto dentro da Unidade Prisional 2, em Itaitinga, no dia 28 de dezembro.

A escalada da violência foi evidente nas 72 horas após sua morte, com sete pessoas assassinadas, muitas em ações de características brutais e motivadas por disputas territoriais entre facções. No último dia do ano, cinco homicídios foram registrados, incluindo o assassinato de um adolescente de 14 anos, retirado de casa e executado em via pública. Outro caso envolveu um homem de 49 anos, cuja morte segue sob investigação.

A violência em Maracanaú se estendeu ao início de 2025. Em janeiro, ataques armados em bairros como Pajuçara deixaram um saldo de mortos e feridos, incluindo crianças e uma gestante. No dia 12 de janeiro, dois tiroteios foram registrados na mesma noite, resultando na morte de um jovem de 25 anos, identificado como Mitoh, e no ferimento de um homem e duas crianças. As investigações preliminares indicam que os ataques estão ligados a disputas entre facções locais e organizações criminosas com origem no Rio de Janeiro, que competem pelo controle do tráfico de drogas na região​

A SSPDS intensificou o patrulhamento em áreas críticas, como Pajuçara e Jardim Bandeirantes, e investiga possíveis conexões entre os episódios de violência e a atuação de lideranças criminosas dentro e fora do sistema prisional. A população pode contribuir com informações por meio do Disque-Denúncia (181).

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